Qual é a diferença?

Moradores de Bento Gonçalves e Caxias do Sul contra a homofobia!

Video idealizado pela Pixel Fotografia de Bento Gonçalves, com o intuito de, questionando o espectador, mostrar que não existe diferença…

Responda você também, se conseguir: Qual é a diferença?

Você não tem nada a ver com a vida de ninguém, assim como ninguém tem a ver com a sua. Então pq o preconceito?

A única característica comum a todos os humanos é a diferença. Todos somos diferentes!

Pense nisso!

 

“Dorme, sogna, piccolo amor mio”

O que? Você não assistiu ao espetáculo da Fenavinho 2011? Que coisa feia….Mas a Naia resolve esse probleminha pra você! Assiste aí alguns trechos do espetáculo…

Fenavinho 2011

Escrevi um texo na semana passada sobre a Fenavinho e sobre “Dorme, sogna, piccolo amor mio”. Li, reli e decidi que não valia a pena publicar. Talvez as pessoas não precisem saber o que acontece na realidade. Talvez seja melhor viver a ilusão de que tudo está lindo, maravilhosos e que saiu conforme o planejado. Talvez seja melhor acreditarmos em certas mentiras para sentirmos orgulho do que temos. Repito: ilusão.

Visitei a Fenavinho da quarta-feira e no sábado e cheguei a algumas conclusões que até então não tinha chego.

O complexo Fundaparque é tão grande, mas ficou tão pequeno nesse ano de 2011. Andei, andei, andei, cansei e não vi nada além do vazio e do frio e tenho plena convicção de que não é culpa de quem expôs na feira. Tive a impressão de que todos estavam desanimados e que perderam a motivação dos outros anos.

“Onde está a solução se não se sabe nem qual é o problema?”  Até onde eu sei, quem não expõe não pode participar da festa do povo. É justo, você paga e o mínimo que você deve receber é a exclusividade, mas nada justifica a desorganização e a falta de planejamento que esse ano nos apresentaram. Empresas que, de última hora, foram excluídas das ações e tiveram prejuízos. Proprietários dando “pitis” públicos e disputando espaço utilizando da ignorância. É hora de aprender a organizar, Fenavinho!

Outra questão: esqueçam, Fenavinho não é festa popular. Não agrada ao povo e o povo não festeja. Iludem-se aqueles que pensam que é um espaço para as comunidades e seus pequenos produtores que, em resumo, não são vistos e nem lembrados (bodega não lembra povo). Se bem que o povo não deixou de festejar, pois é feliz independente de terem espaço ou não para isso. Talvez tenham sido os poucos que se divertiram, conversando e vivendo o verdadeiro espírito de festa, entre eles mesmos. Esse deveria ser o verdadeiro espírito da Fenavinho. A alegria de seu povo como retrato dele e de seus fazeres.

A verdadeira Fenavinho está fora dos pavilhões, está nas ruas da cidade, está na cara do seu povo e nas mãos calejadas de seus trabalhadores e das famílias que ainda cultuam as tradições de seu antepassado. A verdadeira Fenavinho não está nas grandes empresas exportadoras, mas no porão de quem artesanalmente faz o vinho de cada dia e de quem cresceu produzindo. Está na mão das nonas que fazem o pão, está nas crianças que não bebem e nem compram. A verdadeira Fenavinho talvez nunca tenha existido e infelizmente, talvez nunca venha a acontecer dentro de pavilhões, afinal, quem faz a Fenavinho, não sabe de nada disso que citei.

Vinhos hoje, em Bento Gonçalves, já não representam mais o povo em si. O trabalhado que produz o vinho do povo, não estava lá. Não estava porque não queria? Não, não estava porque não tinha como pagar o estande! Afinal, Fenavinho hoje é negócio, vale dinheiro e paga quem tem mais. Tudo bem, que seja esse o objetivo, mas então credenciem os visitantes. Tragam os grandes compradores e criem outra Expovinis e não nos obriguem a fingir que a festa é nossa.

Esqueçam a Fenavinho como festa popular. Na verdade, esqueçam a Fenavinho 2011, que todos pensam que foi uma maravilha, mas que na verdade, deixou cair por terra tudo que foi recuperado até então.

Algumas bolas dentro: enoteca, que poderia ser melhor aproveitada, melhor explorada. “Dorme, sogna, piccolo amor mio” que quase conseguiram estragar por falta de planejamento. Tive a honra de assistir ao espetáculo duas vezes. Mas olha o vídeo abaixo. Olha esse cenário. Que cenário? Vocês vêem algo além de estruturas de ferro e pano?

São talentos de nossa região, artistas reconhecidos e renomados que se dispuseram por uma merreca de cachê a retratar a única parte que realmente fala sobre o povo, em uma produção que só ficou totalmente pronta nos dois últimos dias de apresentação. Parece piada. Artistas que perderam dias e noites de ensaio e produção, artistas que não foram respeitados, pois o mínimo que se deve a um artista é um palco decente, porque o resto, ele faz por amor ao seu trabalho. Não critico as pessoas envolvidas no espetáculo diretamente, critico a direção da feira que os deixou desamparados em determinados momentos.

O resumo da Fenavinho: essas pessoas que estavam no palco e algumas que estavam atrás dele, a agroindústria do povo e os artistas locais, salvaram a Fenavinho mais uma vez!

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