TEDxSF Gratidão!

Existe uma diferença enorme entre ter mais um simples dia para viver, e ter o último e mais maravilhoso dia de amanhã para viver!

Fica a nosso critério escolher com qual das duas opções desejamos seguir, afinal, as 00:00 hs de todos os dias, são creditadas mais 24 hs em nossa conta da vida: nós é que decidimos como gastá-las, até o dia que os créditos terminem e não sejam mais depositados….

 

Playing For Change

Tenho certeza de que muitos já tiveram contato com essa música mas não tinham ideia do que exatamente ela significava. Não falo unicamente da letra que nos transmite uma  linda mensagem de amor. Vai muito mais além, principalmente se relembrarmos esse vídeo….

 

 

Esse vídeo, a um certo tempo, foi febre na internet e tornou-se um hino a paz e a união. O som foi parar nas rádios do mundo todo e de certa forma, fez com que todos nos tornássemos iguais no momento em que a ouvíamos…

E é justamente isso que os criadores do projeto “Playing for Change”, idealizadores do vídeo, queriam: um movimento que inspirasse, conectasse e trazesse paz ao mundo através da música.

A ideia para o projeto surgiu a partir dessa realidade: a música tem o poder de unir as pessoas, independente da distância, credo, ideologia, política. Independente das diferenças, a música dissolve as fronteiras físicas e da segregação.

Os criadores da ação construíram um estúdio móvel de alta tecnologia e foram viajar, conhecer novos lugares e principalmente garimpar novos e grandes talentos dos mais diversos países. Encontraram vários artistas independentes, de rua, em diversas partes do planeta.

Em especifico no vídeo acima, cantando e tocando, cada um do seu jeito, a música “Stand By Me”, o projeto tornou-se conhecido. Foi o som que alcançou o tão sonhado objetivo: conectar o mundo todo através de uma ideia.

Como que para retribuir a contribuição dada por todos os artistas, em 2007 foi criada a fundação “Playing for Change”, uma empresa sem fins lucrativos cuja missão é unir as pessoas através da música. E parabéns, eles conseguiram.

E o que a maioria das pessoas não sabe é que “Playing for Change” não vive de uma só música. O projeto continuou percorrendo o mundo e deu resultados como os que você vê logo abaixo…. Inúmeras outras canções que tem o poder de fazer nos sentirmos bem…

 

Fenavinho 2011

Escrevi um texo na semana passada sobre a Fenavinho e sobre “Dorme, sogna, piccolo amor mio”. Li, reli e decidi que não valia a pena publicar. Talvez as pessoas não precisem saber o que acontece na realidade. Talvez seja melhor viver a ilusão de que tudo está lindo, maravilhosos e que saiu conforme o planejado. Talvez seja melhor acreditarmos em certas mentiras para sentirmos orgulho do que temos. Repito: ilusão.

Visitei a Fenavinho da quarta-feira e no sábado e cheguei a algumas conclusões que até então não tinha chego.

O complexo Fundaparque é tão grande, mas ficou tão pequeno nesse ano de 2011. Andei, andei, andei, cansei e não vi nada além do vazio e do frio e tenho plena convicção de que não é culpa de quem expôs na feira. Tive a impressão de que todos estavam desanimados e que perderam a motivação dos outros anos.

“Onde está a solução se não se sabe nem qual é o problema?”  Até onde eu sei, quem não expõe não pode participar da festa do povo. É justo, você paga e o mínimo que você deve receber é a exclusividade, mas nada justifica a desorganização e a falta de planejamento que esse ano nos apresentaram. Empresas que, de última hora, foram excluídas das ações e tiveram prejuízos. Proprietários dando “pitis” públicos e disputando espaço utilizando da ignorância. É hora de aprender a organizar, Fenavinho!

Outra questão: esqueçam, Fenavinho não é festa popular. Não agrada ao povo e o povo não festeja. Iludem-se aqueles que pensam que é um espaço para as comunidades e seus pequenos produtores que, em resumo, não são vistos e nem lembrados (bodega não lembra povo). Se bem que o povo não deixou de festejar, pois é feliz independente de terem espaço ou não para isso. Talvez tenham sido os poucos que se divertiram, conversando e vivendo o verdadeiro espírito de festa, entre eles mesmos. Esse deveria ser o verdadeiro espírito da Fenavinho. A alegria de seu povo como retrato dele e de seus fazeres.

A verdadeira Fenavinho está fora dos pavilhões, está nas ruas da cidade, está na cara do seu povo e nas mãos calejadas de seus trabalhadores e das famílias que ainda cultuam as tradições de seu antepassado. A verdadeira Fenavinho não está nas grandes empresas exportadoras, mas no porão de quem artesanalmente faz o vinho de cada dia e de quem cresceu produzindo. Está na mão das nonas que fazem o pão, está nas crianças que não bebem e nem compram. A verdadeira Fenavinho talvez nunca tenha existido e infelizmente, talvez nunca venha a acontecer dentro de pavilhões, afinal, quem faz a Fenavinho, não sabe de nada disso que citei.

Vinhos hoje, em Bento Gonçalves, já não representam mais o povo em si. O trabalhado que produz o vinho do povo, não estava lá. Não estava porque não queria? Não, não estava porque não tinha como pagar o estande! Afinal, Fenavinho hoje é negócio, vale dinheiro e paga quem tem mais. Tudo bem, que seja esse o objetivo, mas então credenciem os visitantes. Tragam os grandes compradores e criem outra Expovinis e não nos obriguem a fingir que a festa é nossa.

Esqueçam a Fenavinho como festa popular. Na verdade, esqueçam a Fenavinho 2011, que todos pensam que foi uma maravilha, mas que na verdade, deixou cair por terra tudo que foi recuperado até então.

Algumas bolas dentro: enoteca, que poderia ser melhor aproveitada, melhor explorada. “Dorme, sogna, piccolo amor mio” que quase conseguiram estragar por falta de planejamento. Tive a honra de assistir ao espetáculo duas vezes. Mas olha o vídeo abaixo. Olha esse cenário. Que cenário? Vocês vêem algo além de estruturas de ferro e pano?

São talentos de nossa região, artistas reconhecidos e renomados que se dispuseram por uma merreca de cachê a retratar a única parte que realmente fala sobre o povo, em uma produção que só ficou totalmente pronta nos dois últimos dias de apresentação. Parece piada. Artistas que perderam dias e noites de ensaio e produção, artistas que não foram respeitados, pois o mínimo que se deve a um artista é um palco decente, porque o resto, ele faz por amor ao seu trabalho. Não critico as pessoas envolvidas no espetáculo diretamente, critico a direção da feira que os deixou desamparados em determinados momentos.

O resumo da Fenavinho: essas pessoas que estavam no palco e algumas que estavam atrás dele, a agroindústria do povo e os artistas locais, salvaram a Fenavinho mais uma vez!

Próximo post: “Dorme, sogna, Piccolo amor mio”

“Saudade”

Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, “saudade”, só conhecida em galego e português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim “solitas, solitatis” (solidão), na forma arcaica de “soedade, soidade e suidade” e sob influência de “saúde” e “saudar”.

Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim “solitáte”, solidão.

Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está directamente ligada à tradição marítima lusitana.

A origem etimológica das formas atuais “solidão”, mais corrente e “solitude”, forma poética, é o latim “solitudine” declinação de “solitudo, solitudinis”, qualidade de “solus”. Já os vocábulos “saúde, saudar, saudação, salutar, saludar” proveem da família “salute, salutatione, salutare”, por vezes, dependendo do contexto, sinônimos de “salvar, salva, salvação” oriundos de “salvare, salvatione”. O que houve na formação do termo “saudade” foi uma interfluência entre a força do estado de estar só, sentir-se solitário, oriundo de “solitarius” que por sua vez advem de “solitas, solitatis”, possuidora da forma declinada “solitate” e suas variações luso-arcaicas como suidade e a associação com o ato de receber e acalentar este sentimento, traduzidas com os termos oriundos de “salute e salutare”, que na transição do latim para o português sofrem o fenômeno chamado síncope, onde perde-se a letra interna l, simplesmente abandonada enquanto o t não desaparece, mas passa a ser sonorizado como um d. E no caso das formas verbais existe a apócope do e final. O termo saudade acabou por gerar derivados como a qualidade “saudosismo” e seu adjetivo “saudosista”, apegado à ideias, usos, costumes passados, ou até mesmo aos princípios de um regime decaído, e o termo adjetivo de forte carga semântica emocional “saudoso”, que é aquele que produz saudades, podendo ser utilizado para entes falecidos ou até mesmo substantivos abstratos como em “os saudosos tempos da mocidade”, ou ainda, não referente ao produtor, mas aquele que as sente, que dá mostras de saudades.

Santa Wikipédia!

Resumo da Naia:

E de que adianta saber o que é saudade? Saudade a gente só compreende quando sente!